Olhar o passado: ao contrário de o lamentar e sofrer, temos que o transformar numa fonte de alegria, por pior que ele tenha sido.

LONGA CAMINHADA

Milhares de kms ao longo de dois anos e onde em cada curva o perigo espreitava
Introdução
Queria expressar os meus agradecimentos e de todo o pessoal do Bat. Caç. 2842 ao sr. Coronel Duarte Dias Marques pelo exaustivo trabalho na pesquisa destes elementos, sem os quais não seria possível a elaboração deste espaço. Assim como, aos Furriéis Milº Guilherme Fernandes, Manuel Veloso e Victor Cândido pelas belas imagens que recolheram durante a comissão e que disponibilizaram para este espaço.
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Homenagem


BATALHÃO


DE

CAÇADORES

2842

.Moçambique

1968 - 1970

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Comp. Caç. 2357
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Fur. Milº. Atir. - ARMINDO HENRIQUES TEIXEIRA . - 05 Mai. 69
Fur. Milº. Atir. - ARNALDO DOS SANTOS SILVA ..... - 03 Mai. 70
1.º Cabo Atir. - ARISTIDES FERNANDES................. - 12 Ago.69
Soldado - Atir. - EDUARDO MANUEL FRANCISCO . - 18 Mai. 69
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Comando C.C.S.
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Soldado Cond. - ANTÓNIO MORGADO LUÍS ........... - 18 Dez. 69
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Para Vós que partisteis mais cedo e nos deixaram uma saudade que recordamos com tristeza... a memória de todos.
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.Unidade Mobilizadora
REGIMENTO INFANTARIA 15 - TOMAR " Firmes e Constantes"

Regiões da naturalidade dos Militares:
Os militares que constituíram o efectivo do Bat. Caç. 2842 era originário de uma maneira geral, das Províncias do MINHO; DOURO LITORAL; TRÁS-OS-MONTES; BEIRAS e ALENTEJO.

Concentração:
A concentração teve lugar no R.I. nº15 e onde decorreu também, a 2ª parte da Escola de Recrutas (Instrução de Especialidades), para a maioria dos militares: Atiradores; Armas Pesadas (Metralhadoras; Morteiros) e Corneteiros
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Embarque p/ R.M. Moçambique
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Paquete VERA CRUZ adaptado a Navio Transporte de Tropas
No deslocamento do Batalhão de Caçadores 2842 para a R. M. Moçambique foram utilizados os seguintes meios de transporte:

Comboio................. - De TOMAR para LISBOA (Cais da Rocha Conde de Óbidos).
............................... - Do Porto da BEIRA (em Moçambique) para MOATIZE.

Navio (VERA CRUZ) - De LISBOA para o Porto da BEIRA

Viaturas ................. - De MOATIZE para FURANCUNGO (Comando e CCS)
............................... - De MOATIZE para VILA GAMITO Comp. Caç. 2357
............................... - De MOATIZE para BENE Comp. Caç. 2358
............................... - De MOATIZE para VUENDE Comp. Caç. 2359 ..Embarque p/ Moçambique
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A Companhia de Caçadores 2359 embarcando no VERA CRUZ
Em 24 de Abril de 1968, tendo chegado a LISBOA pelas 08,00 horas, a Unidade desfilou perante o Sr. General Vice - Chefe do E. M. E. em representação do Sr. Ministro do Exército, tendo o barco levantado ferro às 12,oo horas. A bordo realizou-se uma festa comemorando a passagem pelo Equador e a promoção dos Aspirantes a Alferes Milicianos e dos Cabos Milicianos a Furriéis Milicianos.
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Chegada a Moçambique

Desfile da Comp. de Caç. 2359, com o 2º Sarg. Luz transportando o estandarte
No dia 10 de Maio 68, o Batalhão desfilou em LOURENÇO MARQUES perante o representante do General Comandante-Chefe da R.M.M. O desembarque definitivo teve lugar na BEIRA, em 13 Maio 68, pelas 16,00 h. Nesse mesmo dia, cerca da meia noite, em comboio, o Batalhão partiu para MOATIZE onde chegou no dia 15 pelas 14,3o h. No dia seguinte pelas o4,30 h, seguiu em viaturas auto para o Sub-Sector, onde chegou no mesmo dia 16 Mai 68.
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Regresso à Metrópole
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Estação ferroviária em Moatize ............................ Combóio em marcha para a Beira

Saída de Moatize para a Beira em 18 de Maio de 1970
Embarque no Navio VERA CRUZ, no Porto da Beira, em 20 de Maio de 1970
Saída de Lourenço Marques em 22 de Maio de 1970
Nova saída de Lourenço Marques (após o Pesadelo) em 24 de Maio de 1970
Chegada a LISBOA em 13 de Junho de 1970
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Porto da Beira em Moçambique
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Chegada a Lisboa
Dia 13 de Junho de 1970 (Dia de Stº António), dezenas de familiares foram-se aglomerando, desde o romper do dia e, aguardavam com grande ansiedade o momento para poderem abraçar os seus bravos soldados. Após o desembarque vivem-se momentos indiscritíveis: gritos, choros, desmaios etc, mas a alegria do regresso era imensa. Os seus FILHOS tinham voltado! Mais tarde, cada unidade deslocou-se para para os seus quartéis para finalmente ouvir o último " - Direiiiiita Volveeeeeer, DESTROOOOOOÇAR ! ".
Cais da Rocha do Conde de Óbidos